26 de maio de 2020 - 08:37

Prefeitura abre processo para apurar paralisação da Autotrans

Empresa interrompeu o serviço de transporte público no último dia 18.
Por Danilo Caixeta e Flávio Max - Educadora FM 90.9 • Atualizado há 4 anos

Reprodução / Prefeitura Municipal de Uberlândia

A Prefeitura de Uberlândia abriu um procedimento administrativo para apurar eventuais irregularidades cometidas pela empresa Autotrans no dia 18 de maio quando ela paralisou os serviços alegando não ter dinheiro para comprar combustível.

A comissão que vai apurar as falhas na execução do contrato com o município é composta de quatro servidores da secretaria de trânsito e transportes e será presidida pelo número dois da Settran, o assessor municipal de transportes Flávio Pereira. Também fazem parte da comissão dois diretores subordinados a Flávio e um assessor jurídico da Settran. A portaria assinada pelo secretário Divonei Gonçalves foi publicada ontem (25) no Diário Oficial do município e destina prazo de 60 dias prorrogáveis por mais 60 para conclusão das apurações. 

A empresa Autotrans é uma das três concessionárias do transporte público de Uberlândia. No dia 18 deste mês ela dispensou os funcionários e os ônibus não rodaram alegando falta de dinheiro para comprar combustível. No dia seguinte, no entanto, ela conseguiu dinheiro e voltou a operar normalmente. 

O sindicato dos trabalhadores no transporte coletivo de Uberlândia falou que a medida foi uma estratégia de pressão para que o Ministério Público Estadual libere e a Câmara Municipal aprove o Projeto de Lei do Prefeito Odelmo Leão que destina até R$ 20 milhões de aporte para as empresas como reequilíbrio econômico-financeiro do contrato em tempos de pandemia.

Provocada pela promotoria de defesa do cidadão, a Justiça de Uberlândia chegou a determinar na terça-feira (19) da semana passada que a Prefeitura abrisse em três dias um procedimento para apurar as irregularidades cometidas pela empresa ao suspender o serviço sem autorização, mas o município recorreu e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais derrubou a liminar.

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