08 de maio de 2018 - 16:20

Justiça Criminal torna Gilmar Machado réu por apropriação indébita

A investigação envolve o Ipremu, mas o processo é diferente daquele que levou o ex-prefeito à prisão temporária, no último dia 12 de abril.
Por Flávio Max - Educadora FM 90.9 • Atualizado há 7 anos

Foto: Paulo Augusto

A Justiça Criminal de Uberlândia aceitou hoje (08), denúncia oferecida pela Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais contra o ex-prefeito Gilmar Machado (PT) e o ex-secretário de Finanças da gestão dele, Carlos Diniz.

A acusação diz que o ex-prefeito e o ex-secretário, cometeram o crime de apropriação indébita previdenciária.

O Ministério Público Estadual argumenta que entre agosto e dezembro de 2016, nos últimos meses da gestão de Gilmar Machado, a Prefeitura de Uberlândia teria deixado de repassar ao Ipremu, o Instituo de Previdência Municipal de Uberlândia, parte das contribuições que eram descontadas nos salários dos servidores públicos. No total, foram quase R$ 14 milhões.

Esse processo é diferente daquele que levou Gilmar à prisão temporária, no último dia 12 de abril, quando ele foi acusado de investir dinheiro do Ipremu em títulos podres e causar um prejuízo milionário ao Instituto.

A representação que resultou na nova denúncia contra Gilmar foi feita pela ex-secretária de governo da nova gestão, Ana Paula Junqueira e pela atual Procuradora-Geral do Município, Ana Carolina Abdala.

A Justiça Criminal marcou para o dia 20 de agosto a audiência em que serão ouvidas testemunhas e os réus.

Em nota, a defesa do ex-prefeito Gilmar Machado disse que já protocolou o pedido de absolvição sumária porque a denúncia do Ministério Público não apresentou provas que apontem a autoria e materialidade dos delitos. A nota diz ainda que Gilmar está à disposição da justiça para esclarecer os questionamentos.

Por telefone, o ex-secretário de finanças, Carlos Diniz, disse que na época a prefeitura não tinha o dinheiro para fazer os repasses ao Ipremu e, por isso, foram pagos apenas os salários e deixaram a contribuição previdenciária para depois. Ainda segundo o ex-secretário, se a manobra não fosse feita, o sistema público de saúde corria risco de entrar em colapso.

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