Gráficas fecham acordo de leniência e entregam vereadores

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Diversos empresários donos de gráficas que estariam envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro da verba indenizatória da Câmara Municipal de Uberlândia foram ouvidos ontem (17) pelo Ministério Público (MP). Donos de cinco empresas prestaram depoimento. O MP fechou acordo de leniência (quando a empresa se compromete a confessar crimes e provar as confissões) com 3 empresas, outras 2 negaram envolvimento no crime e terão prazo para apresentar as provas de que agiram com regularidade.

O maior acordo de leniência celebrado até agora foi com a gráfica RB Digital, ela prestava o serviço para oito parlamentares de diferentes siglas partidárias. Os empresários confirmaram que as notas fiscais emitidas a eles eram superfaturadas. A promotoria estabeleceu que ela deve pagar uma penalidade de R$ 1 milhão, sendo que R$ 500 mil devem ser devolvidos à Câmara Municipal e outros R$ 500 mil serão destinados à Secretaria de Educação.

Sobre a proibição de contratar com o poder público e suspender contratos já existentes, outra penalidade prevista em lei para casos de acordo de leniência, a promotoria avalia cada caso de forma particular.

Vilmar Resende

O vereador Vilmar Resende, primeiro vice-presidente da câmara de Uberlândia, se apresentou ontem (17) no fim da tarde ao Ministério Público. Ele estava foragido desde segunda-feira (16) quando foi deflagrada a operação “má impressão”, Vilmar também é suspeito de desviar recursos da verba indenizatória e teve a prisão temporária decretada.

Ao chegar ao Ministério Público o vereador apresentou documentos médicos de que ele tem a saúde fragilizada e pediu a conversão da prisão para domiciliar. O Ministério Público ainda não decidiu se vai atender ao pedido do vereador, no entanto, deixou que ele fosse dormir em casa com o compromisso de ir hoje (18) prestar depoimento. Após a oitiva os promotores decidirão se vão permitir que ele volte pra casa ou vai pra cadeia junto dos demais.