Rússia invade Ucrânia e Putin ameaça quem tentar interferir

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Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas de hoje (24).

Pouco depois de Putin ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país. A Ucrânia informou que pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas.

Em seu pronunciamento, Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.

O Ministério da Defesa russo garante ter destruído a capacidade de defesa antiaérea da Ucrânia, bem como parte de seus jatos na operação e negou que seus militares estivessem realizando ataques contra cidades ucranianas. A Rússia disse que “armas de alta precisão estão tornando inoperantes a infraestrutura militar do Exército ucraniano, sistemas de defesa aérea, pistas e jatos das forças aéreas”.

Os ucranianos dizem ter derrubado cinco caças russos e um helicóptero durante os bombardeios, o que Moscou negou. O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, o general Valery Zaluzhni, disse que a ordem do presidente Volodmir Zelenski era a de infligir o máximo de baixas aos militares russos que invadirem o país.

Os Estados Unidos reagiram imediatamente afirmando que o ataque da Rússia é injustificável e que eles vão pagar pelo que estão causando ao mundo.

Os líderes da União Europeia devem realizar uma cúpula de emergência em Bruxelas nesta quinta-feira, depois que uma primeira rodada de sanções da UE à Rússia entrou em vigor na quarta-feira (23). Embaixadores da Otan também marcaram uma reunião de emergência para esta quinta.