09 de julho de 2020 - 10:17

Em depoimento, Moro nega interferência em investigação sobre hackers

O ex-ministro depôs ontem (08) à Justiça Federal em Brasília, na ação penal da Operação Spoofing, que apura a invasão de celulares de autoridades.
Por Flávio Max - Educadora FM 90.9 • Atualizado há 4 anos

Divulgação

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro depôs ontem (08) à Justiça Federal, em Brasília (DF), na ação penal da Operação Spoofing, que apura a invasão de celulares de autoridades.

Moro teve o celular invadido por hackers em junho do ano passado, ainda como ministro da Justiça. Ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, Moro disse que os hackers buscavam informações confidenciais. Ele ainda afirmou que usava o aparelho invadido para realizar comunicações do governo.

O ex-ministro também afirmou que jamais influenciou nas investigações da Polícia Federal sobre os harkers. Segundo ele, as atualizações eram “geralmente” informadas pelo então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

A ex-deputada Manuela D’Ávila do PCdoB também prestou depoimento, ela disse ter recebido o contato de um hacker que buscava repassar as mensagens dos procuradores da Operação Lava Jato. A ex-deputada afirmou que repassou o contato do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

Em janeiro deste ano, o Ministério Público denunciou sete pessoas pela invasão dos celulares: seis suspeitos e o jornalista Glenn Greenwald. De acordo com o MPF, Greenwald “auxiliou, orientou e incentivou” o grupo. Em fevereiro deste ano, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, aceitou a denúncia contra os seis investigados e rejeitou “por ora” a denúncia contra Glenn Greenwald.

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