O cantor e compositor Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. A esposa do artista, Babi Cruz, confirmou a informação.

Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017, quando passou mal em casa. Ficou um ano e meio internado e, desde então, enfrentou complicações de saúde que o levaram a novas internações. A última ocorreu no dia 28 de abril de 2025.

A família ainda não divulgou data e local do velório e sepultamento.

Início no Fundo de Quintal

Nascido no Rio de Janeiro, em 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho começou sua carreira no grupo Fundo de Quintal. Seu talento no banjo e na composição rapidamente o destacou no cenário do samba.

Foi autor de músicas que se tornaram parte do repertório popular brasileiro, como “Coisinha do Pai”, “O Bem, Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar” e “Bagaço da Laranja”. Também compôs sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu.

Reconhecimento no samba

Com quatro indicações ao Grammy Latino entre 2008 e 2016, Arlindo consolidou seu nome internacionalmente. Sua trajetória musical fez dele referência para novas gerações de sambistas.

Ele era casado desde 2012 com Babi Cruz e deixa dois filhos: Arlindinho e Flora Cruz.

Anos afastado dos palcos

Após o AVC, Arlindo se afastou definitivamente das apresentações. Em casa, manteve tratamento com sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Seu filho Arlindinho seguiu na música, preservando o repertório e o legado do pai.

História registrada em livro

Em julho de 2025, o jornalista Marcos Salles lançou “O Sambista Perfeito”, biografia de Arlindo Cruz com 462 páginas.

A obra reúne depoimentos de 120 pessoas, entre artistas, familiares e amigos, como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita e Regina Casé, além de trechos de entrevistas concedidas pelo próprio Arlindo antes do AVC.