Advogados de Temer pedem acesso a áudios recuperados pela PF
Defesa alega que gravações não foram juntadas ao inquérito contra o presidente
A defesa do presidente Michel Temer pediu hoje (19), ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso a sete gravações recuperadas pela Polícia Federal (PF) na perícia feita no áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu.
Ao Supremo, os advogados alegam que as sete gravações não foram juntadas ao inquérito contra o presidente após o trabalho pericial. Para Antônio Claudio Mariz, representante de Temer, as gravações são necessárias para compor a defesa durante a votação na Câmara dos Deputados, prevista para 2 de agosto, sobre o aval da Casa para o prosseguimento da denúncia contra o presidente no Supremo.
Em função do período de recesso na Corte, a questão foi encaminhada à presidente do STF, Cármem Lúcia.
Trechos do áudio gravado por Joesley estavam incompreensíveis em um primeiro contato com o material, e foram recuperados pelo Instituto Nacional de Criminalista (INC) durante a realização da perícia técnica.
O material baseou a denúncia do Procurador-Geral da República contra o presidente Michel Temer, por corrupção passiva.