Alexandre Garcia
14 de junho de 2017 - 16:18

Por um estado eficaz

Temos visto o quanto desviaram da nossa maior empresa, a Petrobras...

            Temos visto o quanto desviaram da nossa maior empresa, a Petrobras, para encher bolsos de políticos e cofres de partidos; temos visto o quanto empreiteiras compraram quase tudo: medidas provisórias, projetos de lei, emendas, isenções, benefícios fiscais, até fim de greve; vimos o quanto a JBS tem nas mãos quem faz leis e quem as aplica e quem gerencia a máquina do estado. E as pessoas perguntam como acabar com isso. 
            Eu respondo perguntando: Se o estado brasileiro não fosse imenso e poderoso, de que valeria seus condutores receberem propina? Não teriam poder de isentar, de livrar, de favorecer, de fazer leis sob encomenda. Nenhuma empresa compraria um político que não tivesse esses poderes. 
            Pergunto então: Por que querem um estado gigantesco? Além de ser cabide de emprego para acólitos privilegiados, o estado leviatã pode ser gerenciado de modo a beneficiar os que beneficiam seus agentes. O poder da caneta. E por que não querem privatizar estatais? Porque elas podem ser tetas ubérrimas para espertos mamarem por gerações. Essa é a finalidade da ideologia dos estatizantes, na verdade um gigantesco fisiologismo. Se sobrar alguma coisa, faz-se caridade demagógica, para que nada mude.
            O estado tem que ser, sim, forte e poderoso na prestação de serviços públicos, em troca do imposto altíssimo que cobra dos brasileiros que trabalham cinco meses por ano só para sustentar União, estados e municípios. Tem que ser forte e poderoso para prestar serviços de ensino, saúde, segurança, justiça, infraestrutura. Um estado assim, quando sofre crise política, não prejudica a economia. Um estado assim cumpridor do seu dever, não deixa o principal para o empreguismo público, o inchaço burocrático, a propina, a negociata, a corrupção. Sempre haverá isso, mas em estado menor, o desvio será menor. Essa seria a verdadeira Nova Matriz. Porque a outra só escondia o patrimonialismo (o estado é do partido), o fisiologismo e a corrupção.

 

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