Alexandre Garcia
22 de janeiro de 2019 - 17:16

Os Chifres da gazela

A manchete do jornal do último domingo gritava: “Mercado da bala, uma disputa de R$12 bilhões”. O título não poderia ser mais opinativo. Como boa parte dos meios de informação, o jornal demonstrava estar contra o direito de autodefesa das pessoas e a favor de dar tranquilidade aos bandidos.

A manchete do jornal do último domingo gritava: “Mercado da bala, uma disputa de R$12 bilhões”. O título não poderia ser mais opinativo. Como boa parte dos meios de informação, o jornal demonstrava estar contra o direito de autodefesa das pessoas e a favor de dar tranquilidade aos bandidos. Insegurança para os leitores e audiência; segurança para os que forem assaltar suas casas e lojas. A mesma mídia que fez barulho contra o decreto que ampliou a validade do registro de arma, fingiu não ter lido o decreto que, além disso estabeleceu que arma deve ficar inacessível a menores de idade e mentalmente incapazes, o que o Exército já exigia. O resto ficou igual. Comprar quatro armas? Você já podia registrar duas na Polícia Federal e duas no Exército.

Na verdade, o “mercado da bala” é o mercado da autodefesa e certamente será bem menor que o mercado que forma o arsenal dos bandidos, sem pagar impostos, gerando, sim, balas, inclusive as perdidas, que matam crianças e pessoas dormindo em casa. O parágrafo único do primeiro artigo da nossa Constituição, diz que todo poder emana do povo. Pois desde 2003 se sente, com o Estatuto do Desarmamento, a vontade de usurpar, do povo, o poder da posse de arma, que representa o direito natural da autodefesa e da defesa de sua família e seus bens. A arma em casa ou na empresa é a primeira linha de defesa contra invasão de bandido. Depois, e nas ruas, é com a polícia.

Na vigência do Estatuto, os homicídios só aumentaram, e deram mais segurança aos assaltantes de residências, lojas e propriedades rurais, confiados de que não haverá resistência. O referendo de 2005 vetou a proibição do comércio de armas, na proporção de dois em cada três eleitores. Os governos fingiram desconhecer a vontade do povo. No Rio Grande do Sul, com a tradição de ser a primeira linha de defesa da Pátria, 80% foram favoráveis às armas, no referendo. Até o Exército mantém essa cultura: 90% dos blindados do Brasil estão no Comando Militar do Sul.

Armas de fogo, como carros, não matam; é a violência humana que mata – com faca, pau, pedra, veneno, arma de fogo. Por que querem a população desarmada, impotente na defesa de seu direito à vida, propriedade e liberdade? Na Venezuela, em Cuba, na Alemanha de Hitler, foi assim. Tiranos – bandidos ou ditadores – dominam se não houver resistência. Como lembrou o “presidente virtual” dos Estados Unidos, Bill Whittle: se o leopardo ataca a gazela, não deve ela usar os chifres para se proteger? Ou devemos cortar-lhe os chifres?

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