Alexandre Garcia
04 de setembro de 2019 - 17:36

Milagre Brasileiro

Nos anos 70, nosso país desfrutou do Milagre Brasileiro, assim chamado porque o PIB cresceu, por três anos seguidos, à média anual de 11,2% - onze vezes o que estamos crescendo agora. Estava todo mundo empregado e as compras estavam tão aquecidas que a indústria não tinha matéria-prima suficiente e faltava até papelão para as embalagens.

Nos anos 70, nosso país desfrutou do Milagre Brasileiro, assim chamado porque o PIB cresceu, por três anos seguidos, à média anual de 11,2% – onze vezes o que estamos crescendo agora. Estava todo mundo empregado e as compras estavam tão aquecidas que a indústria não tinha matéria-prima suficiente e faltava até papelão para as embalagens. Aconteceu isso por causa do Ministro da Fazenda Delfim Netto e do Presidente Médici? Não; aconteceu porque havia otimismo e entusiasmo na população, do operário ao investidor. Era o “pra frente, Brasil” mais o recado, nos vidros dos automóveis, para aqueles que, pela força, queriam implantar um regime igual ao de Cuba: Brasil – Ame-o ou Deixe-o.

Hoje, esse mesmo Brasil recebe uma enxurrada de mensagens de pessimismo e desesperança. Parece um suicídio, um ato de masoquismo. Gente que prefere afundar, sofrer, a permitir que os milhões de eleitores que os derrotaram alcancem o objetivo de tirar o país do caos moral e econômico em que, à semelhança de Cuba – foi pouco a pouco se atolando, em meio à corrupção e ao populismo. Um país sorridente, para quem a Natureza sorriu com tanto potencial, tem sido alvo dos que o puxam para o fundo, ainda que estejam no mesmo barco.

Hoje o desemprego cai pelo quarto mês consecutivo; a indústria da construção volta a crescer, o que não acontecia desde 2014; o PIB do segundo trimestre aumenta quase o dobro do que previam os especialistas; os investimentos igualmente crescem, mostrando aposta no futuro; os homicídios dolosos despencaram mais de 20%; as invasões de terra praticamente acabaram; a Reforma da Previdência está sendo aprovada; saiu a alforria do empresário na Lei da Liberdade Econômica; vem aí a Reforma Tributária; vêm aí mais privatizações e atualizações nas leis trabalhistas; as modernizações da Petrobras e do Banco do Brasil; a autonomia do Banco Central; a infraestrutura resgata o transporte do atraso – sem ministérios subjugados a partidos e sem corrupção. E provocaram tanto, com a histeria pirotécnica sobre a Floresta Equatorial Úmida, que nunca a Amazônia foi tão nossa, com a reação da população e das Forças-Armadas para dissuadir ideias de alienígenas cobiçosos.

Em apenas oito meses, vimos a demonstração de que podemos sair do caos em que nos meteram; a democracia nos dá a liberdade para isso, depois que nos impuseram por décadas a tentativa de pensamento único, por meio do cavalo-de-tróia do politicamente correto. Mas temos que nos livrar do clientelismo de esperar que o governo faça tudo sozinho. Nossa casa e nossa empresa ou nosso emprego estão no Brasil. Aí, é bom recordar que nosso otimismo e nosso entusiasmo já fez milagre.

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