Ônibus do transporte público de Uberlândia podem operar sem cobrador
MPT disse que poderá haver enriquecimento ilítico das empresas
O Ministério Público do Trabalho, MPT, afirma que as demissões de cobradores de ônibus no transporte público de Uberlândia podem ser consideradas como enriquecimento ilícito das empresas. A categoria está apreensiva e segundo o sindicato que representa os trabalhadores, as empresas de ônibus começaram a fazer mudanças que sinalizam a extinção da função.
Segundo o sindicato que representa profissionais do transporte público, pelo menos 90% das linhas já estão circulando sem os cobradores no período da noite. Os motoristas estariam acumulando a função de cobrador.
Para os trabalhadores, tudo indica que podem haver demissões que podem acontecer a qualquer momento. No último ano, cerca de 300 cobradores já teriam sido demitidos. O sindicato da categoria apresentou um indicativo de projeto de lei à Câmara Municipal para tentar alterar a lei vigente e garantir a estabilidade dos cobradores. Apesar de ter sido aprovado por todos os vereadores da Casa em março, o prefeito não acatou a proposta e até hoje não se manifestou a respeito do assunto.
Em nota a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, Settran, informou que a contratação ou demissão de funcionários é de responsabilidade exclusiva das empresas que operam o transporte público e não da administração municipal. E, que não há, por parte da prefeitura, qualquer ação na atividade dos cobradores.
O procurador do Trabalho, Paulo Veloso, explicou que os custos com os salários dos cobradores estão incluídos no preço da passagem e demitir os funcionários poderia implicar em reduzir o valor da tarifa que hoje é de R$ 3,80.