Sia revela em podcast diagnóstico de autismo
Cantora não deixou claro quando descobriu, mas sugeriu que foi recente
Durante um bate-papo para o Rob Has a Podcast, Sia revelou que recebeu um diagnóstico tardio de autismo. A artista australiana não deixou claro quando descobriu o transtorno, mas sugeriu que teria sido recentemente.
“Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas”, disse ela no bate-papo, acrescentando que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) alega que a condição pode ser “detectada aos 18 meses de vida ou menos”, disse a cantora.
“Por 45 anos, eu pensei… ‘Tenho que colocar meu traje humano’. E somente nos últimos dois anos eu me tornei totalmente, totalmente eu mesma”, explicou ela.
Após a descoberta, Sia revela que passou a se amar.
“Ninguém jamais poderá conhecê-lo e amá-lo quando você estiver cheio de segredos e … vivendo com vergonha. E quando finalmente nos sentamos em uma sala cheia de estranhos e contamos a eles nossos segredos mais profundos, sombrios e vergonhosos, e todo mundo ri junto com a gente, não nos sentimos como pedaços de lixo pela primeira vez em nossas vidas. Nos sentimos vistos pela primeira vez por quem realmente somos, então podemos começar a sair para o mundo apenas operando como humanos e seres humanos com corações e não fingindo ser nada”, completou Sia.
Em fevereiro de 2021, a cantora foi duramente criticada após escrever e dirigir o longa “Music”. No elenco, ela escalou Maddie Ziegler, uma atriz neurotípica, que são pessoas que não manifestam alterações neurológicas ou do neurodesenvolvimento, como o autismo, para interpretar uma mulher autista. Além disso, ela também foi criticada por algumas cenas em que os personagens precisam ser contidos nas cenas.
Após a polêmica, Sia pediu desculpas para a comunidade autista e retirou as cenas de contenção do filme, além de colocar um aviso de restrição.
“Pretendo remover as cenas de contenção de todas as impressões futuras. Ouvi as pessoas erradas e essa é minha responsabilidade, minha pesquisa claramente não foi completa o suficiente, não foi ampla o suficiente”, disse ela no Twitter.
“A música de forma alguma tolera ou recomenda o uso de contenção em pessoas autistas. Existem terapeutas ocupacionais autistas especializados em processamento sensorial que podem ser consultados para explicar maneiras seguras de fornecer feedback proprioceptivo e de pressão profunda para ajudar com segurança de colapso”, completou.
O filme recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor filme na categoria musical e Kate Hudson recebeu a indicação de melhor atriz.