Anvisa pede mais dados ao Butantan para avaliar aprovação da CoronaVac em crianças
Segundo especialistas, há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Instituto que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado pela vacina.
Após promover uma reunião com representantes do Instituto Butantan e especialistas representantes de sociedades médicas do Brasil para debater o pedido de autorização do uso da vacina CoronaVac em crianças, os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluíram ontem (21) que ainda faltam informações para que a equipe avalie o pedido feito pelo instituto paulista.
Dessa forma, a agência enviará ao Butantan uma série de questionamentos que ainda não estão presentes no processo e que impedem a conclusão da análise da Anvisa sobre a vacina. Com isso, o prazo de 30 dias para análise do pedido do Butantan fica pausado até que o instituto responda as dúvidas da Anvisa.
A reunião, que foi dividida em dois momentos, ouviu representantes de sociedade médicas, em uma segunda parte, após o Butantan apresentar os dados disponíveis sobre os estudos do uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
Os especialistas externos avaliaram que “há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes”.
Em agosto, a Diretoria Colegiada da Anvisa, negou, por unanimidade, o mesmo pedido “por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento”. Na avaliação do técnicos, “praticamente não houve mudança em relação aos dados” do pedido indeferido e o pedido mais recente.