Samba Educa: um novo programa para as tardes de domingo
Tânia Costta é a apresentadora do novo projeto da rádio Educadora
Bossa-nova é samba.
MPB é samba.
Choro é samba.
Paulinho da Viola é a elegância do samba.
Beth Carvalho, a madrinha.
Bendito Benito que trouxe o piano para o palco do samba.
A Tropicália descambou no samba.
A Jovem Guarda não se atreveu no samba, mas Roberto ensaiou um na maturidade.
A mutante Rita Lee não gostava de ser rainha de nada, muito menos do rock. Mesmo porque nos momentos de refúgio se aninhava com um bom sambinha.
Marisa Monte, Maria Rita, Maria Gadu, João Gilberto e o dedilhado refinado no seu violão também o são.
Cazuza conheceu Cartola e descobriu que ambos eram Agenor e assim se apaixonou pelo samba. E o seu mundo, e o seu moinho. Os contemporâneos reverenciam o samba. Mallu Magalhães cantarola “Sambinha bom, que é esse que me traz de volta”.
Quanto samba a gente ouve e nem sabe que é samba: Zeca Baleiro, Jorge Benjor, Djavan, Chico Buarque, os velhos baianos Gil, Caê, Gal e Bethânia.
E os bambas que renascem nas playlists dos streamings – Martinho, Pagodinho, Ayrão, Dona Ivone Lara, a Marrom Alcione, Clara Nunes, Jovelina Pérola Negra…
O moleque atrevido Jorge Aragão presenteou Elza Soares com seu primeiro samba. E “Malandro” fez sucesso na “voz do milênio”.
O samba é patrimônio autêntico da cultura brasileira e merece ser tratado com respeito. Porque ele é a raiz de um povo miscigenado que entende o Brasil e suas nuances de forma ritmada. Pudéssemos nós enxergar o Samba como uma Pessoa, ganharia ela atributos e adjetivos de tantas cores e tantos predicados que a tornariam inigualável.
Esse tal Samba seria genioso e implacável, mas também sutil e generoso. Faceiro, sabido, suave e carinhoso, bem Pixinguinha de ser. Suburbano num tom Adoniran, urbano num passo Nogueira – pai e filho.
Mas o Samba não tem gênero, não encorpa tão somente a figura masculina. A Mulher Brasileira em Primeiro Lugar tem voz altiva nas Martinálias, Lecis, Teresas Cristinas. E quantas mais que a injustiça de ser traído pela memória não enumera aqui.
SAMBA seduz, SAMBA atrai, SAMBA entretém, SAMBA encanta e…. SAMBA EDUCA.
A partir deste domingo, 2 de julho, às 13h estreia Samba Educa, aqui na rádio Educadora, com apresentação da Jornalista Tânia Costta.
Texto: Rogério Silva