Celso de Mello rejeita pedidos de apreensão de celular de Bolsonaro
Em despacho, o magistrado respondeu que não havia legitimidade ativa dos autores do pedido.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido de partidos para que fossem apreendidos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho dele, o vereador Carlos Bolsonano. Em despacho, o magistrado respondeu que não havia legitimidade ativa dos autores do pedido.
A decisão do ministro tem 28 páginas. Em praticamente metade delas, o decano do Supremo fez críticas diretas com base na fala de Bolsonaro de que não entregaria seu celular mesmo se houvesse uma ordem judicial.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se manifestado no STF contra a apreensão dos aparelhos. Aras entendeu que, como a investigação é competência do MPF, não cabe intervenção de terceiros no processo, como no caso de partidos e parlamentares.
Os pedidos tinham sido feitos pelo PDT, PSB e PV e também eram direcionados ao ex-ministro Sérgio Moro; ao ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo; e à deputada Carla Zambelli. A intenção era realizar novas diligências como desdobramentos da investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.