PF diz ver ‘fortes indícios’ de participação de Ricardo Salles em esquema de contrabando florestal
A afirmação consta do inquérito que desencadeou a 'Operação Akuanduba', deflagrada no início deste mês para investigar exportação ilegal de madeira.
Foto: Lula Marques
A Polícia Federal (PF) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vê “fortes indícios” de que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteja envolvido em um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”.
A afirmação consta do pedido da PF que desencadeou a ‘Operação Akuanduba’, deflagrada no último dia nove de maio e que teve entre os alvos Ricardo Salles e Eduardo Bim, presidente do Ibama. A operação investiga exportação ilegal de madeira.
No documento enviado ao STF, a Polícia Federal apontou que servidores que atuaram em prol das exportadoras de madeira ilegal foram beneficiados por Salles com “nomeações para cargos mais altos”, enquanto “servidores que se mantiveram firmes em suas posições técnicas foram exonerados por ele”.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, também há evidências que o presidente afastado do Ibama cometeu o crime de facilitação de contrabando e de advocacia administrativa, por ter atuado em favor de interesse provado na administração pública.
