Ministro defende consumo de energia fora do pico para barrar crise hídrica
O ministro de Minas e Energia disse que a saída definitiva de situações como a atual é acelerar a transição energética, reduzindo a dependência das hidrelétricas.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem (02) em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que descarta apagões e racionamento este ano, mas afirmou ter na mesa medidas que vão desde a importação de mais energia até o incentivo ao deslocamento de consumo para além dos horários de pico, via desconto na tarifa.
Em situações assim, chuveiros elétricos e equipamentos de alta potência precisam ser acionados após as 20h para evitar pico de consumo na volta do expediente de trabalho, o que, segundo o ministro, leva ao apagão.
Bento Albuquerque culpa o fenômeno La Niña pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos e diz que a saída definitiva de situações como a atual é acelerar a transição energética, reduzindo a dependência das hidrelétricas.
Hoje, cerca de 64% da energia gerada vem dessas usinas, e a meta, segundo ele é chegar a 48% na próxima década. Para isso, prevê investimentos privados da ordem de R$ 360 bilhões.