24 de novembro de 2025 - 13:52

Jimmy Cliff morre aos 81 anos; artistas e fãs prestam homenagens

Por Camila Pimentel - Educadora FM 90.9 • Atualizado há 2 semanas

Foto: Divulgação

Jimmy Cliff, nome histórico do reggae com longa relação com o Brasil, morreu aos 81 anos. A viúva do artista jamaicano, Latifa, comunicou a notícia pelas redes sociais:

“É com profunda tristeza que partilho que o meu marido fez a passagem devido a uma convulsão seguida de pneumonia. Estou grata pela sua família, amigos, artistas e colegas de trabalho que compartilharam sua jornada com ele”.

Latifa agradeceu o carinho do público: “Para todos os seus fãs em todo o mundo, saibam que o vosso apoio foi a força dele durante toda a sua carreira. Ele realmente apreciou cada fã pelo seu amor. Queria também agradecer ao Dr. Couceyro e a toda a equipa médica, pois foram extremamente solidários e prestativos durante este difícil processo.”

Ela encerrou o comunicado com uma mensagem ao marido: “Jimmy, meu querido, que descanse em paz. Seguirei os teus desejos. Espero que todos possam respeitar a nossa privacidade nestes tempos difíceis. Até mais, nos vemos, lenda”.

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Jimmy Cliff apresentou o reggae ao público internacional por meio da música e do cinema. Sua atuação em Balada Sangrenta (1972) abriu caminho para a popularização do gênero fora da Jamaica.

Ele alcançou as paradas com “Hurricane Hattie”, ainda no início da carreira, em parceria com a Beverly Records. A partir daí, ampliou seu repertório e explorou influências do pop, ska, soul e rhythm and blues, especialmente após a mudança para Londres, em 1965, a convite de Chris Blackwell, da Island Records.

Ligação de Jimmy Cliff com o Brasil

A relação de Jimmy Cliff com o Brasil começou no fim dos anos 1960. Em 1968, ele participou do Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, e ganhou ainda mais visibilidade na América do Sul.

O cantor realizou várias turnês pelo país e fez apresentações marcantes no Maracanãzinho, em 1984, que ampliaram o alcance do reggae entre o público brasileiro. Sua música entrou na trilha sonora de diversas novelas e gerou parcerias com nomes importantes da cultura nacional, como Gilberto Gil e o grupo Olodum.

Jimmy Cliff também morou em Salvador e teve uma filha brasileira, a atriz e cantora Nabiyah Be, fruto do relacionamento com a artista visual Sônia Gomes. O cantor também deixa Lilty e Aken, filhos da união com Latifa.

Como fãs e artistas reagiram

Nas redes sociais, fãs e personalidades lembraram histórias ao lado do cantor. Cristiano Lacerda, empresário do Araketu, recordou o primeiro encontro com o artista: “Tinha míseros 13 anos quando Mr. Jimmy esteve Salvador, visitando os blocos afros. Minha missão era ser intérprete, pois ele não falava português e na banda Araketu ninguém falava inglês”.

“Foi a minha primeira grande experiência na música. Ele sempre cortês e paciente com um adolescente nervoso me ajudou a vencer meus medos e consegui ajudá-lo com a banda (fizemos uma turnê no Brasil com ele sendo a banda dele aqui). Muito obrigado por tudo. Descanse em paz”, completou.

Fãs anônimos também registraram mensagens: “Poxa! Que dureza abrir o Instagram e já dar de cara com esta triste notícia! Jimmy sempre foi o meu artista internacional de reggae favorito e eu vou admirar sua arte para sempre!”, declarou um internauta.

“Que notícia triste! Mais um mestre que faz a passagem, que seja iluminada como foi sua vida! Máximo respeito e gratidão, Jimmy Cliff”, escreveu outro.

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