Danilo Caixeta conta sobre sua nova fase no Grupo
“O maior desafio é pensar em inovações”, diz Danilo Caixeta sobre sua nova gestão no Grupo Paranaíba
Jornalismo do Grupo conta com novo diretor em 2022
Danilo Caixeta conta sobre sua nova fase no Grupo Paranaíba: ‘Muita garra’.
Jornalista assume a diretoria de jornalismo da TV e rádio
O jornalismo do Grupo Paranaíba tem novo comando a partir de 2021. Depois de quase 15 anos nesta diretoria, Rogério Silva assume a superintendência da organização. O jornalista Danilo Caixeta é o novo diretor e passa a responder pela linha editorial da TV Paranaíba e Educadora 90.9.
Na TV Paranaíba são 7 horas diárias dedicadas ao conteúdo próprio, mesclando notícia e entretenimento. 5 programas diários, de segunda a sexta. E outros 4 aos fins de semana.
O departamento de jornalismo da TV Paranaíba abastece ainda sua cabeça de rede, a Record TV, com assuntos de interesse nacional. Bem como as demais emissoras do estado: Record Minas, TV Leste e Rede Mais.
Na Educadora, uma rádio adulta contemporânea que mescla música e informação, o departamento de jornalismo é responsável pelo Jornal Educadora, meia hora para começar o dia bem informado, e os boletins ao longo da programação, que atualizam o ouvinte sobre os principais fatos de Uberlândia, Minas, Brasil e mundo.
A seguir, uma conversa com o novo gestor, seus planos e desafios.
Danilo, você já passou por toda a cadeia produtiva do jornalismo televisivo. Apuração, produção, edição, reportagem, apresentação e chefia de redação. Como diretor de jornalismo, o que esperar de você?
Danilo Caixeta: Muita garra. Como vivi ao longo dos últimos 13 anos dentro do Grupo Paranaíba posso dizer que conheço razoavelmente bem a empresa, seu funcionamento e sua equipe. Vejo que tenho muito do perfil do colaborador dela: gente engajada, corajosa, que tem prazer no que faz.
“PODEM ESPERAR MUITA VONTADE MINHA EM CONTINUAR O QUE JÁ INICIAMOS E CRESCER, INOVAR E MODERNIZAR AQUILO QUE SEJA CABÍVEL.”
Minha grande preocupação neste momento é praticar uma liderança justa e democrática de modo a dar continuidade à qualidade do produto que entregamos ao nosso público e pensar em projetos e produtos inovadores.
A TV Paranaíba tem força no jornalismo regional. Até que ponto essa força do veículo é relevante para o desempenho da sua gestão?
DC: Considero muito relevante a história que a TV Paranaíba construiu até aqui. É um veículo tradicional que conquistou a audiência e confiança do público da região. É uma empresa séria comprometida com a sociedade e invariavelmente está engajada nas causas e nos problemas sociais. Isso tudo deixa nosso trabalho mais leve, menos complexo. Pretendo aproveitar todo esse ativo que a empresa construiu ao longo dos anos para nos subsidiar em decisões, projetos e estratégias.
Você herda uma programação local volumosa, talvez a maior do interior de Minas Gerais. Na sua opinião, qual o maior desafio que você terá pela frente na condução dessa grade?
DC: Sem dúvida o maior desafio é pensar em inovações. Temos que ficar sempre atentos à transformação da sociedade e à mudança do gosto exigente do telespectador sem perder de vista a nossa missão principal, aquilo que nos é mais caro: o dever de informar bem o cidadão. A grade é sim extremamente volumosa. São mais de sete horas diárias de programação ao vivo mas já identificamos que ainda existe espaço para crescer um pouquinho mais. Se for possível, vamos crescer! Queremos ocupar todos os espaços destinados pela Record TV à programação local. Mas vamos pensar também em qualificar ainda mais a programação que já levamos ao ar seja em cenários novos, conceito de conteúdo, tecnologias e no envolvimento do público.
A linha editorial do Grupo Paranaíba é a mesma para todos os seus veículos. Haverá mudanças nessa postura?
DC:
Pelo contrário, vamos aperfeiçoar mais esse envolvimento dos veículos do Grupo Paranaíba em um mesmo objetivo. Seja na TV, nas emissoras de rádio e até mesmo no projeto digital que é um grande propósito para 2022. Nossa linha editorial já é muito bem conhecida do nosso público e fruto da participação dele.
“TEMOS A PREOCUPAÇÃO EM PRATICAR UM JORNALISMO SÉRIO, ÉTICO, RESPONSÁVEL. OFERECER CONTEÚDOS QUE AGREGUEM NA VIDA DAS PESSOAS, QUE SEJAM ÚTEIS. DEFENDER OS INTERESSES E DIREITOS DO CIDADÃO. COBRAR POR POLÍTICAS PÚBLICAS. VAMOS CONTINUAR GARANTINDO ISSO A QUEM CONSOME NOSSOS PRODUTOS COM O EMPENHO DE SEMPRE..”
A relação com a Record TV tem se mostrado fortalecida, tanto editorial quanto comercialmente. A que você atribui isso?
DC: Há um projeto de abertura institucional muito bem desenhado ao longo dos últimos dois anos pela empresa. O Grupo Paranaíba não começou a fazer essas modificações em sua gestão por agora. Temos estudado e planejado o futuro com muita cautela. Isso também propiciou uma modernização de nossos processos que viabiliza um melhor diálogo com a Record TV e suas praças tanto comercialmente, quanto jornalisticamente.
É rotina a troca de conteúdos e de experiências com a cabeça de rede. Vamos continuar nesse ritmo sempre olhando em direção à nossa missão e valores. Acredito também que a recém-criada Superintendência do grupo vai deixar essa relação ainda mais forte.
A respeito do mercado de comunicação em Uberlândia, como você pretende atuar com relação aos concorrentes? É um tema que lhe causa preocupação?
DC: Com diálogo e estratégia. O mercado de comunicação de Uberlândia já é maduro e coerente com aquilo que cada empresa acredita. É fácil identificar o caminho pelo qual esse mercado trilha e importante estar sempre atento a ele. A concorrência não me causa preocupação, mas nunca será subestimada por nós. Estamos sempre vigilantes aos movimentos e assim vamos continuar.
Pesquisas realizadas pelo grupo apontam decisões acertadas tomadas ao longo da última década. As audiências são crescentes e colocam tv e rádios em posições confortáveis. Audiência para você é objetivo ou consequência?
DC: A forma de aferição de audiência praticada pelos institutos de pesquisa aqui na região é um incômodo crônico que temos. A metologia realizada até agora compromete o resultado final que é o retrato real do que o público tem consumido. Mas acredito que até mesmo nosso cliente já percebeu isso e quando confia um anúncio em nossos produtos é porque tem convicção de que terá o retorno esperado. Diante disso, não tenho dúvida de que a audiência é sim consequência do trabalho que desempenhamos e da preocupação que temos com a entrega do nosso conteúdo.
O jornalismo é o maior departamento da empresa. Cerca de 60 profissionais da redação, reportagem e operações estarão sob sua responsabilidade. Como você enxerga essa relação interpessoal?
DC: Com muita serenidade. Na chefia de redação desde 2012 já lido diretamente com essa equipe todos os dias. Grande parte dela foi formada com a minha participação.
O Rogério Silva, que esteve na direção de jornalismo nos últimos 14 anos, sempre se preocupou em formar lideranças dentro de nossa equipe. Eu fui fruto disso e pretendo continuar praticando. Tenho focado muito em estudar formas e conceitos de liderança. A empresa tem se preocupado com as pessoas, tem enxergado o nosso grande patrimônio: Os colaboradores que fazem tudo acontecer.
Desde outubro, quando foi iniciado o período de transição, você passou a adotar processos seletivos internos para cargos de chefia e também processos abertos ao mercado para seleção de novos colaboradores do jornalismo. É uma tendência?
DC: É uma tendência muito forte e já evidente para nossa equipe. Está dentro daquilo que a empresa vem tentando fazer: profissionalizar processos, inclusive na contratação de pessoal e promoção de profissionais. As experiências que já tivemos desde outubro mostraram a importância dessa prática. Conseguimos fazer promoções justas e contratações, focadas na expertise, comportamento e conhecimento de quem já faz parte de nossa equipe e também de quem deseja ingressar nela. Este é só um dos vários projetos que temos, envolvendo Recursos Humanos e vamos implementar já no início de 2022.
A tradição da Educadora nas coberturas políticas é sua identidade. Qual a fatia de tempo que você pretende dedicar ao jornalismo da rádio? Haverá participação sua no dia a dia da Educadora?
DC: A Educadora é uma grande paixão. Emissora mais antiga do Grupo Paranaíba. Por muitos anos estive ali, diariamente, nos microfones, conduzindo um jornal ou várias horas de transmissão ao vivo em ocasiões especiais. Agora, com a ida para a direção de jornalismo, preciso me dedicar a outras prioridades. Então vou me distanciar um pouco do contato mais efetivo nos microfones mas sem deixar de participar.
O Jornal Educadora, nosso carro-chefe do jornalismo da rádio, deve passar por uma nova transformação de plástica, ter um novo apresentador que fará par ao Victor Fernandes, possibilidade de migrar para o digital e outras plataformas também com vídeo e uma revisão do conteúdo editoral com base em pesquisas recentes que fizemos. Terei também uma participação diária com análises dos cenários político e econômico local e nacional.
2022 é ano de eleições gerais. Algum pensamento voltado para este tema no jornalismo do grupo?
DC: O Grupo Paranaíba é o mais tradicional na cobertura das eleições aqui da região. Na TV, exploramos todos os espaços oferecidos pela rede e na programação local damos ênfase a este momento tão importante para o cidadão.
Continuarei apresentando o programa Política Cruzada, aos domingos, em que daremos bastante espaço para debater, analisar e discutir as eleições. E também, eventualmente, nas análises dentro do Jornal Paranaíba. A Educadora acompanha de perto o andamento da eleição antes e, principalmente, no dia da votação. Ficamos mais de 15 horas ao vivo, ininterruptamente, transmitindo o que acontece na região.
Vamos fortalecer essa cobertura em 2022 e tudo começa por agora, no início do ano. Devemos iniciar um projeto de educação continuada com nossos colaboradores de modo a qualificar e preparar nossa equipe para entregar o melhor da cobertura jornalística sem atingir a legislação eleitoral ou quem participa diretamente desse processo. Estou muito animado de que faremos, novamente, uma bela cobertura das eleições.