Propina em usina no Rio Madeira foi de R$ 80 milhões
Usina é uma das obras mais citadas nos inquéritos autorizads pelo STF
A Odebrecht e a Odebrecht; Andrade Gutierrez pagaram cerca de R$ 80 milhões em propinas a diferentes políticos em torno do projeto da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Esta é uma das obras mais citadas nos inquéritos autorizads pelo STF com base nas delações da Odebrecht. A usina foi o primeiro grande projeto da Odebrecht como investidora no setor de energia, em meados dos anos 2000. As pretensões da empresa na época era a de se tornar a maior geradora do País.
Além da Usina de Santo Antônio, o governo licitou Jirau, poucos quilômetros distante. Juntas as duas usinas tinham ganhos extraordinários de eficiência na produção de energia.
De acordo com os inquéritos, parte da propina foi paga a políticos que tinham influência sobre Furnas, que durante muito tempo foi comandada politicamente por Cunha. Furnas é a principal sócia de Santo Antônio (40% da sociedade). Os inquéritos derivados da delação da Odebrecht revelam ainda que Aécio tinha atuação em Furnas, com forte presença em Minas. Além disso, o senador mineiro comandava a Cemig, também sócia de Santo Antônio, quando era o governador de Minas. Para o projeto do Madeira, ele recebeu parcelas de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, segundo delatores.