MPF investiga se médicos cumprem horário de trabalho no HC
Denúncia: médicos continuam "burlando" o ponto biométrico
O Ministério Público Federal (MPF) investiga se todos os médicos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) estão cumprindo a jornada de trabalho dos plantões. Denúncias apontam que alguns profissionais registram o ponto na unidade hospitalar, mas saem para trabalhar em clínicas e consultórios particulares.
A investigação teve início depois que o o procurador da República, Cléber Eustáquio Neves recebeu denúncias de que os médicos continuam “burlando” o ponto biométrico que é usado para registrar a jornada de trabalho dos profissionais do maior hospital público da região. As entradas e saídas dos funcionários do HC são controladas por sistemas digitais desde 2011. Desde implementação, a categoria dos médicos demonstrou resistência em aceitar o controle por biometria. Na época, foi criada uma associação para representar os interesses da categoria.
A associação dizia que não era contra o registro por impressão digital, mas deveria ser implantada para todos os servidores da UFU e não somente para os profissionais que atuam no HC.
Agora o sistema foi estendido para o restante da universidade. Hoje, segundo a direção do Hospital, são 167 médicos contratados pela Fundação de Apoio à Administração do Hospital, Faepu. São 238 concursados que são professores e orientadores dos estudantes de medicina.
Na semana passada, o Ministro da Saúde esteve em Uberlândia e cobrou que os administradores dos hospitais federais fiscalizem se os médicos estão cumprindo os plantões.