Moro absolve Lula em acusação de armazenamento do ‘acervo presidencial’
Outros dois réus foram inocentados nesse caso.
Na sentença divulgada hoje em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à nove anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o juiz Sérgio Moro absolveu o ex-presidente e outros dois reús pela suspeita de irregularidades no armazenamento do acervo presidencial de Lula.
Moro escreveu: “Apesar das irregularidades no custeio do armazenamento do acervo presidencial, não há prova de que ele envolveu um crime de corrupção ou de lavagem, motivo pelo qual devem ser absolvidos desta imputação o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Tarciso Okamoto (Diretor do Instituto Lula) e José Adelmário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro, dono da OAS);”
A sentença divulgada hoje, pouco depois das duas da tarde, era aguardada desde o dia 20 de junho, data que a defesa de Lula entregou as alegações finais neste processo.
A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre a sentença. Durante o processo, Lula sempre negou ser dono do apartamento ou que tivesse recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS. Moro não determinou a prisão imediata de Lula, portanto, o petista vai recorrer em liberdade.