CPI do IPREMU ouve Gilmar Machado
Ex-prefeito presta depoimento da condição de testemunha.
O ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT) e o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Gilmar Pereira Passos foram ouvidos ontem, dia 12, em mais uma reunião na Câmara Municipal de Uberlândia, onde acontecem as apurações através da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga aplicações de alto risco do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu) na gestão passada.
A reunião teve como propósito a coleta de provas e apuração a situação do instituto que contabiliza déficit bilionário entre os anos de 2013 e 2016. A CPI do Ipremu foi aberta no dia 20 de abril. De lá para cá foram ouvidas várias testemunhas. O atual superintendente do Ipremu, André Goulart foi ouvido, além de Marcos Botelho que é o ex-superintendente. Os documentos do processo somam mais de 8 mil páginas.
Durante interrogatório, o gerente regional da Caixa Econômica Federal afirmou que as aplicações do Ipremu eram realizadas em fundos do banco. Ele detalhou que em dezembro de 2012, 79,32% dos recursos do instituto estavam com a Caixa. Pereira afirmo que era aproximadamente R$ 300 milhões. A partir do ano de 2013, houve mudança e parte do valor foi retirado.
Já o ex-prefeito, Gilmar Machado foi questionado em outros pontos de investigação da CPI sobre a aplicação da responsabilidade pela tomada de decisões do Ipremu. Machado também foi questionado se ele tinha conhecimento sobre as aplicações e repasses da contribuição patronal que foram feitos.
Sobre a tomada de decisões, o ex-prefeito Gilmar Machado disse que o ex-superintendente, Marcos Botelho, tinha total autonomia para fazer os investimentos do dinheiro do Impremu. Ao ser questionado sobre os repasses da contribuição patronal que não teriam sido feitos ao instituto, Machado afirmou que quem tomava conta era a Secretaria de Finanças. Ele não quis fazer se essa era uma decisão dele como prefeito ou apenas do secretário.