Paul McCartney critica a COP30 e aponta “hipocrisia climática” no cardápio do evento
O ex-Beatle Paul McCartney fez críticas diretas à COP30 ao comentar que, em um evento dedicado à crise ambiental, servir carne representa “hipocrisia climática”.

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O ex-Beatle Paul McCartney fez críticas diretas à COP30 ao comentar que, em um evento dedicado à crise ambiental, servir carne representa “hipocrisia climática”. Ele afirmou que o menu contradiz a mensagem do encontro e comparou a situação a oferecer um remédio junto com o agente que causa a doença.
Alvo das críticas: carne no evento e discurso ambiental
McCartney observou que, num encontro cujo foco é o aquecimento global, a presença de pratos com carne torna incoerente o discurso de sustentabilidade. Ele disse que “é como oferecer algo que combate o problema e, ao mesmo tempo, promover aquilo que o causa”.
Ao destacar o cardápio da COP30, o músico vinculou diretamente o consumo de carne com a chamada “hipocrisia climática”, gerando questionamentos sobre coerência em conferências ambientais.
E, sua comparação foi enfática, ao fazer uma analogia: “é como oferecer cigarros em uma palestra sobre prevenção de câncer”
Contexto e repercussão
O posicionamento do músico reacende o debate sobre o papel da alimentação no aquecimento global. A pecuária é apontada por diversos estudos como uma das principais responsáveis pelas emissões de gases-estufa.
A COP30 ocorre em Belém e reúne autoridades, cientistas e ativistas para debater as mudanças climáticas.
McCartney, conhecido por seu engajamento vegetariano e ambiental, usou o palco midiático para ressaltar o descompasso entre o discurso de preservação e as escolhas alimentares do evento.
A declaração repercutiu nas redes sociais e na imprensa especializada. Mas vale destacar que o posicionamento do artista em relação à alimentação não é uma novidade.
Em 1975, Paul e sua então esposa, Linda, estavam jantando e observaram cordeiros pastando, o mesmo animal que estavam consumindo sua carne. Desde esse momento, a família abandonou o consumo animal e entraram para o ativismo da causa animal.