Atriz de “O Exterminador do Futuro” desabafa sobre luta contra bipolaridade

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A atriz Linda Hamilton, 68, conhecida pelo filme O Exterminador do Futuro (1984), falou sobre sua longa batalha contra a depressão e o transtorno bipolar. Após décadas de terapia, a artista afirma ter alcançado “equilíbrio e estabilidade”, mas admite que isso exigiu grande investimento financeiro.

“Ninguém nunca imagina que eu vou ter dificuldades. [Eles pensam] vou ficar bem… ‘É a Linda Hamilton'”, disse ela em entrevista à revista People.

Hamilton explicou como aplica as técnicas aprendidas ao longo de 20 anos de terapia.

“Encontrei um verdadeiro equilíbrio e estabilidade no meu dia e na minha vida. Também consigo ativar todas as estratégias que aprendi em 20 anos de terapia. Se estou tendo um dia ruim, isso não significa que meu comportamento precisa ser ruim ou que minhas ações precisam ser negativas. Sou experiente o suficiente para pensar: ‘Bem, isso pode parecer uma boa ideia agora, mas em uma hora você vai se arrepender de ter feito isso?’. Posso pisar no freio porque passei anos e anos e gastei centenas de milhares de dólares para melhorar.”

Linda contou que a virada aconteceu quando deixou de se concentrar apenas em si mesma. “Nunca penso em mim. Isso foram os primeiros 40 anos. E quando encontrei o equilíbrio, fiz um acordo comigo mesma de que nunca mais seria sobre mim. E quase nunca é. Simplesmente não é sobre mim. Quero ajudar as pessoas, fazê-las rir, deixar minha casa bonita. As coisas normais. Amar meus cachorros até a morte. E tudo isso me deixa muito feliz”.

Com bom humor, a atriz de O Exterminador do Futuro comentou sobre seus primeiros 40 anos de vida e incentivou quem enfrenta dificuldades a continuar buscando ajuda. “As pessoas não podem desistir de si mesmas. É isso. É continuar procurando até encontrar um caminho. Eu sou a prova viva de que isso é possível. E fui um desastre total nos primeiros 40 anos”.

Linda, que atualmente integra o elenco da série Stranger Things, revelou em 2004 que convivia com depressão e transtorno bipolar. Ela afirmou que levou muito tempo para compreender as mudanças de humor intensas.

“Eu diria que foram 20 anos de sintomas, sem contar a infância. Dos 20 aos 40. Eu chamo de meus anos perdidos. Meu primeiro marido [o ator Bruce Abbott] dizia que eu tinha a alegria mais intensa e a tristeza mais profunda que vinha junto com ela. Sem dar um nome, ele basicamente já tinha resumido tudo para mim.”