Temer acha natural reação da indústria a reajuste no imposto
Presidente da 'Fiesp', Paulo Skaf, se disse "indignado" com a medida
Um dia depois de anunciar aumento de impostos do PIS/Cofins sobre combustíveis e de afirmar que a população compreenderia a elevação da carga tributária, o presidente Michel Temer disse que entende a reação negativa das indústrias e que “aos poucos todos compreenderão”.
O presidente está em visita oficial à Argentina para a participação na 50ª Cúpula do Mercosul.
Hoje (21), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) voltou a expor o pato amarelo inflável, um dos principais símbolos de manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), na sede em São Paulo, na Avenida Paulista. Ontem (20), o presidente da entidade, Paulo Skaf, se disse “indignado” com a medida, e avaliou que a elevação de tributos deve agravar a crise num momento em que a economia dá sinais de recuperação.
Temer rechaçou a possibilidade de a postura da classe empresarial ter alguma reação política, afetando a a base de apoio do governo no Congresso. Questionado se a elevação de PIS/Cofins seria suficiente para manter o ajuste ou se o governo pode anunciar mais elevação da carga tributária, Temer afirmou que “não há previsão” de novos aumentos de impostos.