Após reunião com Maia e Alcolumbre, Bolsonaro defende compromisso com teto de gastos
De acordo com o presidente, haverá um esforço conjunto para “destravar a economia“.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendeu ontem a manutenção do teto de gastos públicos e de reformas econômicas depois de reunião no Palácio da Alvorada. Segundo Bolsonaro, haverá um esforço conjunto para “destravar a economia“.
Também participaram da reunião os ministros da Economia, Paulo Guedes; do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Alcolumbre disse que o Congresso nunca virou as costas para o governo quando este precisou aprovar matérias importantes para o país. O senador definiu o encontro como uma reunião para “nivelar informações”.
Maia também reafirmou o compromisso de todos os presentes com o teto de gastos públicos e com a boa qualidade dessas despesas. Ele disse, entretanto, que há muito o que fazer, citando a reforma administrativa.
A reunião e os pronunciamentos foram motivados pelas declarações da última terça-feira do ministro Paulo Guedes, da Economia. Guedes criticou auxiliares do presidente que, segundo ele, aconselham Bolsonaro a “furar” o teto de gastos como forma de se fortalecer na disputa pela reeleição. De acordo com o ministro, se fizer isso, o presidente se aproximará de uma “zona de impeachment”.
O teto de gastos é a regra que limita o crescimento das despesas da União, aprovada pelo Congresso em 2016, durante o governo Michel Temer. Em maio, devido à pandemia do coronavírus, o Congresso aprovou o chamado “orçamento de guerra”, que permitiu ao governo fazer gastos além daqueles previstos no orçamento, a fim de atender as necessidades de mais investimentos em saúde e de renda para trabalhadores informais durante a crise.