Onyx Lorenzoni admite caixa 2 e firma acordo com PGR para encerrar investigação
O advogado do ministro, Daniel Bialski, afirmou que ele fará empréstimo para quitar o acordo de R$ 189 mil.
A defesa do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), divulgou ontem (03) uma nota na qual informou que fechou um acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR) para encerrar a investigação sobre caixa dois nas campanhas eleitorais dele em 2012 e em 2014.
O ministro admitiu o recebimento de recursos da empresa J&F não declarados à Justiça Eleitoral e acertou o pagamento de R$ 189 mil em compensação.
Onyx assinou o chamado “acordo de não-persecução penal”, previsto na Lei Anticrime, que entrou em vigor em 23 de janeiro.
O acordo prevê que o criminoso não será punido pelo que fez. A medida é apresentada pelo Ministério Público ao investigado, desde que ele admita a prática de crime, cometido sem violência e grave ameaça, com pena mínima inferior a 4 anos. Cabe ao Supremo Tribunal Federal validar o acordo.
O caso começou a ser investigado a partir da delação da J&F, quando delatores entregaram uma planilha, indicando repasses de caixa dois ao ministro, sendo R$ 100 mil em 2012. E R$ 200 mil em 2014.
Onyx chegou a admitir ter recebido R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral para abastecer a campanha em 2014 e pediu desculpas pelo episódio. Ele justificou que não tinha ciência da falta de prestação dos recursos.
A PGR chegou a defender que a investigação deveria ser feita pela Justiça Eleitoral. A defesa recorreu e o caso ficou travado no Supremo. Sem uma definição sobre o foro para investigação, a PGR e os advogados fecharam o acordo de não persecução penal.
O advogado do ministro, Daniel Bialski, afirmou que ele fará empréstimo para quitar o acordo.