Urgente: Funcionários do transporte público fazem paralisação nesta segunda-feira

Reprodução / Câmara Municipal

Funcionários de uma das três concessionárias do transporte público de Uberlândia, a Viação Cidade Sorriso de Minas,  cruzaram os braços nesta segunda-feira (08), para reivindicar o pagamento de salários. Na última sexta-feira (05), quando do quinto de útil do mês, a empresa comunicou que só pagaria uma parte dos salários e o ticket alimentação.

Desde o início da manhã de hoje, motoristas e cobradores da Sorriso de Minas estão parados em frente a garagem da empresa que fica no bairro Chácaras Tubalina. Ela é responsável pela operação das linhas na região Oeste da cidade.

A Viação Sorriso, já havia aderido a Medida Provisória 936 do Governo Federal e a maioria dos funcionários está com a jornada de trabalho reduzida em 50% recebendo do governo o Benefício Emergencial. O restante do salário, que é de responsabilidade da empresa, deveria ser pago integralmente na sexta-feira, mas ela avisou que pagaria apenas a metade naquele dia e o restante seria dividido em mais duas parcelas nos dias 19/06 e 30/06.

A empresa também informou que se o aporte financeiro solicitado para a prefeitura saísse o cenário poderia mudar. O dinheiro chegou a ser liberado pela Prefeitura através de um Projeto de Lei envido a Câmara Municipal mas a tramitação dele foi suspensa após questionamentos do Ministério Público. O recurso poderia chegar a R$ 20 milhões em quatro meses para as três empresas responsáveis pelo serviço na cidade.

Na segunda-feira passada (01), a pedido do Sindicato dos Trabalhadores, foi feita uma audiência na Justiça do Trabalho para discutir a situação dos pagamentos. As empresas não fizeram nenhum acordo e pediram um prazo até o dia 05 para fazerem propostas. Nesse dia, no entanto, elas pediram a justiça mais prazo, dessa vez até o dia 11/06.

A Promotoria de Defesa do Cidadão tomou conhecimento da paralisação e informou que vai instaurar ainda hoje um procedimento administrativo contra a empresa Sorriso de Minas por considerar que a paralisação é indevida já que trata-se de um serviço público essencial. O promotor Fernando Martins disse que mesmo o movimento sendo de responsabilidade dos trabalhadores, o Ministério Público entende que a empresa não pode repassar o risco dela ao usuário e deveria providenciar uma saída para a situação.