Ministério da saúde pode ir à Justiça para impedir exportação de máscaras
Fabricantes têm exportado a maior parte dos itens de segurança e prevenção contra o coronavírus para países como a China.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse ontem (27) que a rede pública de saúde tem começado a enfrentar a escassez de itens de segurança e prevenção contra o coronavírus.
O ministério tem uma lista de 20 itens e quatro deles estão começando a faltar no Sistema Único de Saúde. Gabbardo afirmou que, se necessário, usará meios jurídicos para apreender esses produtos para evitar o desabastecimento no mercado interno.
Está marcada para hoje (28) uma reunião entre representantes do ministério e a Associação Brasileira das Indústrias de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos. Segundo Gabbardo, a ideia é explicar as necessidades urgentes de uso de máscaras e aventais, por exemplo, e que as empresas precisararão priorizar a venda de tais itens para o ministério, em detrimento de sua exportação.
Fabricantes têm exportado a maior parte dos produtos para países como a China, e muitos venderam a produção, ou seja, tudo aquilo que podem produzir nos próximos 60 dias.
O ministério ameaça acionar a Justiça para garantir o fornecimento e até confiscar os produtos das fábricas, caso os fornecedores se recusem a vender para o governo federal.