03 de julho de 2017 - 09:56

Raquel Dodge desconfia de instalação de escuta no gabinete

Caso aconteceu em novendo de 2014
Por Fernando Souza - Educadora FM 90.9 • Atualizado há 6 anos

A subprocuradora Raquel Dodge que foi indicada pelo presidente Michel Temer para ocupar, a partir do dia 17 de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR), desconfiou que o atual chefe do Ministério Público Federal (MPF), Rodrigo Janot, tenha determinado a instalação de escutas em seu gabinete. No dia 3 de novembro de 2014, Raquel Dodge, que estava de férias, passou, de surpresa, em seu gabinete, na PGR, e percebeu que as luminárias sobre as mesas de trabalho tinham sido removidas e recolocadas no lugar.

Também havia sujeiras com marcas de impressões digitais no teto. Raquel relatou o ocorrido a Rodrigo Janot e preparou um ofício para formalizar a queixa e pedir providências. No dia seguinte, ao chegar para trabalhar, a chefe do gabinete da procuradora encontrou dois homens, com uma escada, mexendo no teto da copa do gabinete. Os homens saíram do local antes que pudessem ser identificados.

Quando voltou das férias, Raquel cobrou novamente Janot, mas a demora do procurador-geral em adotar providências fez com que a subprocuradora levantasse, em conversas com colegas e auxiliares mais próximos, a suspeita de que a suposta espionagem pudesse estar partindo da área de inteligência da própria PGR, a serviço de Janot.

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