Ministro da Saúde apresenta balanço de gestão em Uberlândia

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, realizou uma visita oficial à Uberlândia hoje (30). Barros se reuniu, na Prefeitura de Uberlândia, com 17 prefeitos da região, além de outras autoridades, para apresentar um balanço do primeiro ano dele à frente do Ministério da Saúde.

Os municípios da região receberam, no total, quase R$ 20 milhões em recursos repassados pela pasta. Uberlândia foi responsável por grande parte desse dinheiro: recebeu cerca de R$ 15 milhões do Ministério. Apesar de apresentar o balanço, o ministro não anunciou nenhum novo recurso ou investimento para as cidades.

Durante a entrevista coletiva, o ministro foi questionado sobre as obras do pronto-socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A empresa que venceu a licitação para executar as obras está em recuperação judicial. O custo para o término da obra é de R$ 75 milhões. O ministro argumentou que o problema não seria terminar a obra, mas os recursos para a manutenção do hospital em funcionamento. “O hospital custa por ano, mais que o custo da obra e dos equipamentos. É preciso que a região se reúna, defina o funcionamento, que nós vamos concluir a obra.”, disse Barros.

O ministro também respondeu sobre a reabertura do Hospital Santa Catarina, que está fechado há quase um ano. A unidade era credenciada pelo USU para atender pacientes encaminhados pela Prefeitura. Barros disse que o serviço pode ser retomado, mas precisa seguir as regras do Sistema Único de Saúde, o SUS. “Os hospitais filantrópicos precisam fazer, obrigatoriamente, 60% de atendimentos pelo SUS, no mínimo.”, finaliza.

Protestos

A visita do ministro à Uberlândia foi marcada por protestos de servidores da UFU e pessoas ligadas à sindicatos de trabalhadores da cidade. Ricardo Barros chegou em Uberlândia, pela manhã, em um avião da Força Aérea Brasileira. Do aeroporto, seguiu para o Hospital Municipal. Na saída, os manifestantes arremessaram ovos contra a comitiva do ministro. O deputado federal Tenente Lúcio foi atingido.

Na Prefeitura Municipal, manifestantes tentaram forçar a entrada no prédio. Uma das portas de vidro do local se quebrou e deixou um vigilante com ferimentos leves no braço. A Polícia Militar foi acionada. Uma mulher e dois homens foram detidos.