Rodrigo Maia se reúne com empresários de Uberlândia
Ele admitiu que a denúncia irá atrasar a votação da principal reforma
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou de um jantar em Uberlândia com 50 empresários. A classe empresarial pediu agilidade na votação das reformas apresentadas pelo Executivo. Maia veio à Uberlândia exatamente no mesmo dia em que a Câmara Federal recebeu a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).
Rodrigo Maia admitiu, em entrevista coletiva à imprensa, que a denúncia irá atrasar a votação da principal reforma cobrada por setores da sociedade, a da previdência. Ele disse o seguinte: “Já atrasou, é fato. Não há ambiente na Câmara durante a votação da denúncia para avançar numa reforma fundamental, que é a reforma da previdência. Vamos, assim que acabar a votação da primeira denúncia, retomar o processo de votações das reformas”, ponderou.
O presidente da Câmara dos Deputados, não afastou a possibilidade de a Casa receber outras denúncias contra o presidente, como tem sido noticiado na imprensa nacional e também ventilado nos bastidores do Congresso. Ele reforçou: “Minha opinião é que essa decisão é do ministro Edson Fachin. Se o procurador Janot tivesse uma peça que fosse usar os mesmos fundamentos da primeira, ele faria toda a denúncia de uma vez só. Se vier outra denúncia, deverá ser com outro embasamento. Por isso, acho que o Fachin não deverá unificar as denúncias”, disse Maia.
Maia também foi questionado sobre ainda não ter dado seguimento dentro do prazo de dez dias sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer protocolados na Câmara. Ele disse que há jurisprudência na Casa que o resguarda, mas afirmou que irá responder a todos os pedidos no momento adequado. Rodrigo Mais disse: “Mas acredito que a denúncia do Janot acaba trazendo o mesmo tema dos pedidos de impeachment. Como a gente vai ter que votar a denúncia na frente, talvez todos os temas de pedidos de impedimentos sejam superados na primeira ou numa segunda denúncia”, avaliou.
A imprensa não teve acesso a reunião que foi organizada pela Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub).