Eduardo Cunha é acusado de tentar conter a Lava Jato
Ex-deputado queria contratar empresa para desqualificar delações
Eduardo Cunha é acusado de ter tentar contratar a empresa de segurança Kroll para conter a Operação Lava Jato. A investigação foi enviada para a Procuradoria da República no Paraná, pelo relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin.
Segundo a delação de Marcelo Odebrecht e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, executivos da empreiteira se reuniram em fevereiro de 2015, na casa de Eduardo Cunha. Na época, o ex-deputado sugeriu que a Kroll espionasse os envolvidos nas denúncias para encontrar “inconsistências” nos depoimentos do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Os dois foram os primeiros delatores da Lava Jato.
Cunha pretendia conter a operação com os relatórios da empresa. Ele foi preso em outubro de 2016 por ordem do juiz federal Sérgio Moro e posteriormente condenado a 15 anos e quatro meses de prisão.
Durante a gestão do peemedebista na presidência da câmara, a Kroll foi contratada pela CPI da Petrobras para investigar movimentações financeiras no exterior de pessoas envolvidas na operação.