Operação Lava Jato
Ex-diretor da Odebrecht relata repasse fora do setor da propina
O ex-diretor de Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht, Rogério Santos de Araújo, disse em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, que o pagamento de 5 milhões de reais ao ex-gerente de Serviços da Petrobras Roberto Gonçalves não consta das planilhas do departamento de propina. Os valores eram recebidos por meio de offshores no exterior. Rogério se referiu à parcela que a empreiteira pagou de um total de 5 milhões de dólares.
Desde que a Lava Jato revelou o funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – nome oficial do setor de pagamento de propinas, é a primeira vez que vem à tona pagamentos de propinas não contabilizados no sistema que fazia o controle de pagamentos ilícitos.
O depoimento de Araújo aos procuradores Roberson Henrique Pozzobon e Julio Carlos Motta Noronha, tomado no dia 8 de março, também foi usado para embasar a operação Paralelo, deflagrada ontem, na 39ª fase da Lava jato. Roberto Gonçalves foi preso preventivamente na operação.
Em nota, a Odebrecht diz que “não se manifesta sobre o teor de eventuais depoimentos de pessoas físicas, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça”.
