Moro quebra sigilo de parte da delação de Palocci
Entre as acusações, Palocci afirmou que o ex-presidente Lula usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do PT.
O juiz federal Sergio Moro decidiu hoje (01), tornar pública parte do acordo de delação do ex-ministro do governo do PT, Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava Jato.
Entre outras acusações, Palocci diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Paulo Roberto Costa para a Petrobras com o objetivo de “garantir ilicitudes” na estatal e que usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do PT.
Preso desde 2016, condenado à 12 anos, Palocci afirma ainda que as campanhas à presidência do partido em 2010 e 2014, que elegeram Dilma Rousseff, teriam custado o dobro do que foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O acordo de Palocci foi firmado com a Polícia Federal (PF), no fim de abril e homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, afirmou ao homologar o acordo, que não cabe, no momento inicial, o exame detido do conteúdo das declarações.
Palocci pagará R$ 37,5 milhões como indenização ao poder público, pelos atos que praticou.
A defesa de Lula afirmou que a decisão “apenas reforça o caráter político dos processos”.